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sexta-feira, 30 de julho de 2010

Escrito nas Estrelas cansa e tem diálogos ruins


Escrito nas Estrelas caiu no gosto do público. Com média parcial de 26 pontos e beirando os 27, a novela tende a ser a maior audiência desde O Profeta, superando a trama anterior da mesma autora Elizabeth Jhin, Eterna Magia e recuperando de vez o horário das 6 na Rede Globo.
Isso não significa que a novela seja um primor. Ao contrário, ela está bem abaixo de suas antecessoras, Cama de Gato e Paraíso. O que torna o folhetim um sucesso é a forma como a autor decidiu abordar os temas de sua sinopse. Nada de inovação, nada que chame a atenção pelo risco ou pelo muito cuidado e profundidade, ao contrário. Tramas rasas, sem nenhum tipo de aprofundamento, temas discutidos sob um ponto de vista raso e o mais do mesmo que as novelas vem apresentando nos últimos 30 anos. E tudo isso junto foi responsável pelo apelo popular que funcionou.
Mas isso não pode esconder os inúmeros problemas da trama e que se tornaram recorrentes e muito mais visíveis nas últimas três semanas. O problema principal que eu já debati aqui segue sendo a forma equivocada que a autora e a direção decidiram lidar com todos os personagem "pós-morte" ou os anjos. Apesar das locações terem melhorado, os diálogos seguem muito ruins e os efeitos especiais parecem terem aprendido com a saga Os Mutantes de tão ruins que são.
Agora, não bastasse os diálogos ruins desse núcleo, parece que o problema se alastrou por praticamente todos os núcleos. Volta e meia é possível presenciar conversas irreais, superficiais ao extremo e com um tom de exagero que dá a impressão de que o texto trata o telespectador como pessoas lentas. Diálogos dispensáveis, repetições para tentar localizar o público cansa e é um desrespeito com a inteligência de quem está assistindo.
Mas o problema grave de Escrito nas Estrelas atualmente se dá no roteiro. Um folhetim que começou forte, ágil e com acontecimentos praticamente todos os dias entrou na fase de barriga que parece não ter fim. A história da protagonista Viviane/Vitória (Nathália Dill) não caminha e, quando caminha, gira e pára exatamente no mesmo lugar. Ninguém aguenta mais essas situações bobas que parecem caminhar para lugar algum e dão a impressão que a autora não tem o controle absoluto da história nas mãos.
Escrito nas Estrelas pode fazer sucesso de audiência, mas não consegue arrebatar pela qualidade e pelo primor de sua história. Ela apresenta mais do mesmo e nem sempre feito com a qualidade esperada. Uma pena.
FONTE:TVxTV

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